domingo, 16 de fevereiro de 2014

sobre os deuses olímpicos

Os doze deuses olímpicos, também conhecidos como o Dodekatheon (em gregoΔωδεκάθεον < δώδεκα,1 dōdeka, "doze" + θεοί, theoi, "deuses"), na religião helênica, eram os principais deuses do panteão grego, residentes no topo do Monte Olimpo.
Os deuses olímpicos moravam em um imenso palácio, em algumas versões de cristais, construído no topo do monte Olimpo, uma montanha que ultrapassaria o céu. Alimentavam-se de ambrósia e bebiam néctar, alimentos exclusivamente divinos, ao som da lira de Apolo, do canto das Musas e da dança das Cárites. Apesar de nunca haver se acabado por completo, e tendo permanecido oculto na maior parte da Grécia devido à perseguição político-religiosa que sofreu, o culto dos deuses olímpicos tem sido restaurado de forma mais explícita na Grécia desde os anos 1990, através do movimento religioso conhecido como Dodecateísmo.[carece de fontes]
A primeira referência antiga a cerimónias religiosas em sua honra encontra-se no Hino homérico dedicado a Hermes. A composição clássica dos Doze Deuses Olímpicos (o Doze Canónico da arte e da poesia) inclui os seguintes deuses: ZeusHeraPoseidonAtena,AresDeméterApoloÁrtemisHefestoAfroditeHermes e Dioniso. Os doze deuses romanos correspondentes eram JúpiterJuno,NeptunoMinervaMarteCeresApoloDianaVulcanoVénusMercúrio e Baco.2 Hades (no panteão romano, Plutão) não era geralmente incluído nesta lista. Não tinha assento no panteão porque passava a maior parte do seu tempo nos Infernos. Também costuma aparecer entre os doze Héstia (entre os romanos, Vesta.) Quando foi dado lugar a Dioniso, o número total de Olímpicos passou a ser treze. Sendo tal número indesejável, e de modo a evitar conflitos, Héstia abdicou do seu lugar entre os doze.
A composição do grupo dos Doze Olímpicos, contudo, varia substancialmente entre os autores da antiguidade. Heinrich Wilhelm Stoll considera, mesmo, que a limitação ao número de doze é uma ideia relativamente moderna3 Cerca de 400 a.C., Heródoto incluía na sua composição do Dodekatheon as seguintes divindades: Zeus, Hera, Posidão, Hermes, Atena, Apolo, AlfeuCronosReia e as Graças.4Wilamowitz concorda com a versão de Heródoto.5
Heródoto inclui, em Histórias II, 43, Hércules como um dos Doze6 . Luciano de Samósata também inclui Hércules e Esculápio como membros dos Doze, sem, contudo, referir quais os deuses que para eles tiveram de abdicar. Em Cós, Hércules e Dioniso juntam-se aos Doze, prescindindo-se de Ares e Hefesto7 . Contudo, PíndaroApolodoro,8 eHerodoro discordam desta versão, sustentando que Hércules não era um dos Doze Deuses, mas aquele que estabeleceu o seu culto.4
Platão relacionava os Doze ao número de meses do ano, e propôs que o último mês fosse dedicado aos rituais em honra de Plutão e dos espíritos dos mortos, o que implica que ele mesmo considerasse Hades como sendo um dos Doze.9 Hades não consta das versões posteriores deste grupo de deuses devido a associações ctónicas óbvias.10 Em FedroPlatão faz corresponderos Doze com o Zodíaco e exclui Héstia.11
HebeHélio e Perséfone são também incluídos, por vezes, no grupo. Eros também é por vezes referido ao lado dos Doze, especialmente com a sua mãe, Afrodite, mas raramente é considerado como um dos Olímpicos.
Os Doze Olímpicos obtiveram a sua supremacia no mundo dos deuses, depois de Zeus ter conduzido os seus irmãos, Hera, Posidão, Deméter e Héstia, à vitória na guerra com osTitãs. Ares, Hermes, Hefesto, Afrodite, Atena, Apolo, Ártemis, as Graças, Hércules, Dioniso, Hebe e Perséfone eram, por sua vezes, filhos de Zeus, ainda que algumas versões dos mitos sustentem que Hefesto era filho apenas de Hera e que Afrodite era filha de Urano.

A arte dos deuses

sobre a arte grega

Por arte da Grécia Antiga compreende-se as manifestações das artes visuais, artes cênicas, literatura, música e arquitetura daquele país desde o início do período geométrico, quando, emergindo da Idade das Trevas, iniciou-se a formação de uma cultura original, até o fim do período helenístico, quando a tradição grega se dissemina por uma larga área entre a Europa, África e Ásia, abrangendo o intervalo de aproximadamente 900 até 146 a.C., data em que a Grécia caiu sob o domínio romano. Entretanto, esses limites cronológicos não são um consenso entre os historiadores. Os exemplos mais conhecidos da arte grega antiga, e os que mais profundamente influenciaram as gerações posteriores, tanto teórica como materialmente, pertencem ao período clássico, quando conheceram apreciável unidade ideológica e formal, encontrando os seus alicerces numa filosofia antropocêntrica de sentido racionalista que inspirou as características fundamentais deste estilo: por um lado a dimensão humana e o interesse pela representação naturalista do homem e, por outro, a tendência para o idealismo, traduzido na proposição de cânones ou regras fixas que definiam sistemas de proporções e de relações formais para as produções artísticas. A mesmo tempo, cristalizava-se o conceito de paideia, que vinha sendo elaborado desde os tempos arcaicos - um sistema de educação integral para a formação do cidadão perfeito - que previa uma função social e pedagógica para a arte, concebendo-a como uma atividade eminentemente utilitária e técnica e colocando-a na órbita dos ofícios mecânicos - de fato, somente no fim de seu ciclo a cultura grega passou a debater a ideia de que a arte poderia ter um escopo ampliado e popularizado, e ser praticada sem vínculo com a função social, e sim pelo puro prazer estético. Porém, a arte da Grécia Antiga não se resume no período clássico, que abrange apenas pouco mais de cem anos de sua longa história, e teve manifestações de grande importância antes e depois dele, cujos conceitos e práticas eram bastante distintos. No helenismo, período que sucedeu o classicismo e representou a última floração cultural originalmente grega, embora colorindo-se de inúmeras outras influências externas, a arte passou definitivamente a se aproximar do público de um modo mais íntimo e pessoal, expressando todo o espectro da experiência humana, do cômico e do obsceno ao heroico e ao trágico, e do oficial e cívico ao prosaico e doméstico. As pesquisas mais recentes revelaram que mesmo durante o classicismo a aplicação prática dos padrões teorizados foi muito mais flexível do que se pensou durante muito tempo, abrindo espaço para variações e desvios da norma e a formação de várias escolas regionais diferenciadas. A partir desta constatação, modernamente a arte da Grécia Antiga já não é vista como um bloco monolítico, mas sim como um corpo de expressões ricamente diversificadas, adaptáveis a contextos regionais, a influências externas e inúmeros outros determinantes. Em seu conjunto, por sua impressionante série de conquistas conceituais, formais, técnicas e funcionais, de grande consistência, forte base filosófica e ética e excitante novidade, e também pela alta sofisticação e qualidade técnica de seu produto, a arte da Grécia Antiga vem sendo, desde sua aparição, uma referência onipresente na cultura ocidental, repetidamente invocada pelos ocidentais como a mais sublime manifestação do engenho e da inspiração humana, mas sendo também, justamente por sua avassaladora influência, repetidas vezes contestada, combatida e mesmo ridicularizada, formando de qualquer maneira uma das referências mais centrais e permanentes da história da cultural ocidental. Hoje, com a grande penetração desta cultura em todo o mundo, a arte da Grécia Antiga se tornou conhecida e apreciada universalmente, recebendo imensa atenção dos estudiosos e do grande público.

arte grega

arte chinesa